quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

memorias da vida em vida.

Alda Guimarães Silva, nasceu em Guiratinga, no ano de 1932, na casa que ainda existe apesar de modificada na Rua João Pessoa, como toda criança de sua época, brincou pelas ruas de Lageado, como chamava Guiratinga, na época, apesar da criação rígida, foi uma criança feliz.
.Alda estudou do 1º ao 2º ano do 1º grau, no Instituto Santa Terezinha, após foi para Uberaba-MG concluindo o ginásio e técnico de contabilidade, interna no Colégio Nossa Senhora das Dores. De volta a sua terra natal, passou a trabalhar na Prefeitura Municipal, na administração de prefeito Arthur de Moura Rosa, estando com 15 anos e, diz que naquele tempo só tinha 05 funcionários, além dela os Srs. Neftaly Alves Pereira, Luiz Wezo ( japonês ), Walter Belo e Irineu Marinho, todos falecidos.
Alda conheceu Guiratinga, com suas ruas de terra, onde a maioria dos habitantes eram garimpeiros e capangueiros, tanto que seu pai , Brício Silva, conhecido como Coronel Brício, era capangueiro e dono do garimpo e sua mãe Maria Vitalina, dona de casa e, Alda era filha única do casal, tendo-a criada apesar das dificuldades com todas as regalias que a sociedade da época propunha. Alda conheceu o agito da sociedade guiratinguense no seu auge, com grandes festas, principalmente com o melhor carnaval do Estado de Mato Grosso.
Em sua trajetória de adolescente à adulta, acompanhou o desenvolvimento de Guiratinga com seus altos e baixos, apesar de sempre admirar o povo de sua terra, que tem como privilégio a maneira hospitaleira e ordeira que sempre foi propaganda por todo o Brasil. Em 1954, casou-se com Olmir Guimarães ,Sargento da Marinha, nascendo daí sua filha Sandra Kátia, depois vieram os filhos Rock Hudson, Welligton Kennedy, Queuza Rúbia, Kelly Cristina, Alecsander Nicksone, Katiúscia Cíntia. Apesar da separação criou todos seus filhos com educação rígida, para que os mesmos pudessem pautar suas vidas com dignidade e respeito pelo próximo, o que era muito difícil naquela época para uma mulher sozinha cruar sua prole.

Alda, como todo ser humano, teve seus dias de felicidades, como muitas tristezas e uma das que mais marcou sua vida, foi a morte prematura de sua filha, Queuza Rúbia, conhecida como ¨Bugona¨ que fora barbaramente assassinada em sua residência na cidade de Rondonópolis, deixando, portanto, uma mãe arrasada e deficiente com amputação de uma parte de seu ser, pois, somente uma mãe sabe como dói a ruptura brusca e ate mesmo mansa, quando tiram-lhe um filho.
Dona Alda Guimarães Silva, procura todos os dias, conviver com a ausência da filha e de algum modo conforta a família, para seguirem em frente após a tragédia. A é uma mulher guerreira, apesar de tudo que ocorreu em sua vida, tem como lema¨ o progresso é o caminhar para melhor¨. Hoje alem dos filhos, tem onze netos e ma bisneta e como sempre sabe que cumpriu seu dever de mãe, no entanto, ainda com determinação e vitalidade, ajuda na criação dos netos.
Portanto, Dona Alda é, em livro ambulante, sobre a história de nossa sociedade e de nosso município, relatando com detalhes e muita vivacidade de todas as épocas precisas, por isso, merece aplausos e nosso respeito.